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10/09/2011

NA "PESCA SUBMARINA" Spots de caça desportiva nos Açores destacados em revista de referência














Publicado na Quinta-Feira, dia 08 de Setembro de 2011, em Actualidade

A conceituada revista “Pesca Submarina” destaca cinco spots nos Açores através de uma dupla de jovens terceirenses, referindo que as ilhas possuem “um dos melhores cenários de pesca” a nível nacional.

Ilhéu da Praia, Baixa do Ferreiro, Ilhéu dos Fradinhos, Ilhéu do Norte e Baixo dos Rosais são os destinos mapeados pela publicação de referência na especialidade.

Tibério Barbeito e Zeferino Espínola são os dois jovens da ilha Terceira que, a convite da conceituada revista da especialidade “Pesca Submarina”, traçam cinco spots nas ilhas açorianas consideradas como “um dos melhores cenários de pesca submarina” do país.

Ao jornal “ a União”, um dos membros da dupla que há cerca de uma década dedica-se à actividade, refere que o convite da publicação nacional surgiu através das redes sociais uma vez que dispõe de um espaço de divulgação de pesca submarina, através dos quais surgiu o interesse para o artigo.

Trata-se, reconhece, da capacidade, evolução e qualidade da caça que praticam, como dupla, há cinco anos.

Segundo estes “pescadores/autores”, a características geo-vulcânicas do fundo do mar açoriano transformam este desporto numa “óptima experiência” quer para caçadores experientes ou principiantes: “a caça nestes fundos torna-se muito característica devido ao fundo ser de origem vulcânica, proporcionando inúmeras fendas, baixas e arcadas. Deste modo, são óptimas zonas para praticar este desporto pois são nestas que os peixes se refugiam e gostam de estar. Este tipo de fundo também possui outra grande vantagem, tem zonas mais fundas para o caçador que gosta de caçar mais fundo e está apto para tal, e tem zonas menos fundas para quem está menos à vontade, mas que são igualmente cheias de vida”.

“Os Açores com a sua diversidade de espécies permitem uma grande variedade de capturas, tornando o nosso enfião mais misto e colorido, ainda mais realçado com o aquecimento da temperatura da água que já se adivinha com a entrada dos pelágicos nas nossas baixas e ao longo das nossas costas, os troféus tão desejados; juntamente com eles e para nosso desagrado vêm as águas vivas e caravelas, o que por vezes complicam um pouco as saídas”, destacam.

Cinco spots de pesca

São cinco os locais que a dupla de jovens pescadores elege como dos melhores do país para caça submarina na edição de 2011 da revista. A saber, o Ilhéu da Praia, na zona Leste da Ilha Graciosa, onde se encontram, descrevem, “alguns baixios com elevada acentuação e cheios de vida” e onde se podem “realizar agachons e caídas ao largo das baixas” e “avistar certos tipos de peixes entre os quais os badejos, peixes-cão, vejas, garoupas, lírios, encharéus”.
A segunda paragem aconselhada é na Baixa do Ferreiro, igualmente na Graciosa, desta vez a norte, a um quarto de milha da costa, onde existe uma “baixa associada a um antigo vulcão submarino”. “Esta pequena elevação rochosa atrai diversos peixes, nomeadamente os peixes pequenos, que por sua vez chamam a atenção dos grandes”. Aqui, os pescadores referem que é frequente a observação de pelágicos “entre os quais as bicudas que abundam o local, por sua vez o cardume é invadido por serras e anchovas. Os lírios também marcam lá a sua presença, normalmente em cardumes numerosos”.

Na ilha Terceira, o Ilhéu dos Fradinhos, na zona sul, “associado ao rifte da Terceira, surgindo interligado ao topo de um cone vulcânico”, é outra das paragens. Neste spot, advertem, é preciso ter em atenção às “fortes correntes e à ondulação agitada o que por vezes dificultam a fixação na zona da baixa, o que obriga a que os mergulhadores possuam alguma experiência”.

“O fundo possui uma grande diversidade de peixes demersais nas zonas mais fundas da baixa (a partir dos 20 metros), tais como garoupas, peixes-cão, rocazes, bodiões”.

Ainda na Terceira, o Ilhéu do Norte, para os lados da Praia da Vitória, é “na maioria das vezes esquecido pelos moradores locais”. Porém, destacam, “este ilhéu tem características muito próprias, junto do mesmo podemos observar uma vertiginosa parede que cai logo para profundidades abaixo dos 30 metros, tendo esta parede uma pequena inclinação que pode servir de plataforma para uns agachons (caça à espera), para atrair a curiosidade dos pelágicos que por lá patrulham as redondezas”, sendo neste spot os peixes mais frequentes as bicudas, lírios, encharéus e serras.
A encerrar o circuito recomendado de pesca submarina está a Baixa dos Rosais, a noroeste de São Jorge que é: “um bom spot para pelágicos, onde por vezes podemos vê-los a alimentarem-se de pequenos cardumes, dos quais podemos citar alguns tais como serras, bonitos, atuns, lirios, anchovas, bicudas”.

“Relativamente ao grupo central, este local apresenta-se possivelmente como um dos únicos locais em que se observa uma grande abundância de pelágicos, comparando com o Banco D. João de Castro e Princesa Alice”.
Azoresub-Bluewater na promoção das ilhas

O Azoresub-Bluewater, em versão blogue e no Facebook, é a ferramenta que os dois caçadores usam para promover a pesca submarina que praticam.
“Pretendemos mostrar a beleza das ilhas dos Açores, mas especialmente a caça submarina”, sustentam na definição das páginas informativas que mantém na internet com constantes actualizações, fotografias, explicações, conselhos e outras contribuições.
O recurso às novas tecnologias quer igualmente, referem, “mostrar algumas das nossas aventuras por estas costas magníficas de fauna e flora inconfundíveis”.

Previsão do mar, tabela de marés, períodos de defeso, informações sobre os peixes dos Açores e outros dados são igualmente referências que quer o blogue quer a rede social que o Azoresub-Bluewater disponibiliza aos interessados na pesca submarina local.
Humberta Augusto
haugusto@auniao.com

Link: http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=25175

02/09/2011

NAULI

É o isolamento do músculo reto abdominal, pressionando os órgãos internos contra a espinha dorsal e elevando ao máximo o diafragma, ao mesmo tempo em que se imprime um movimento ondulante à musculatura do ventre. Deve fazer-se sempre com os pulmões vazios. Durante o nauli kriyá, o abdômen apresenta uma aparência côncava, ficando totalmente recolhido contra a coluna e para cima, enquanto que o músculo reto abdominal permanece projetado para frente, deslocando-se sinuosamente.

 
 
 
 















 
A expiração completa, provoca a depressão da caixa torácica, comprimindo gentilmente os pulmões, sendo seguida da falsa inspiração que provoca uma grande elevação do diafragma no interior do tórax. Esta acção contribui para a saudável elasticidade dos pulmões, que é uma condição fundamental para a saúde destes órgãos.
Sendo um optimo exercicio para juntar aos seus treinos de apneia.

12/08/2011

O primeiro dia que visitei a ilha de São Jorge






















Saímos da Marina de Angra pelas 11h da manhã cheios de expectativas, mas com condições de mar cavado. Com isto, levamos cerca de 1:30m a chegar ao Topo, numa viagem que se faz em 45. Já na zona do Topo e com os primeiros mergulhos dava para perceber a riqueza do lugar com avistamento de Serras e a captura de algumas vejas e peixes porco.


Num espaço de talvez uma hora visitámos um lugar onde o João já tinha há uns dias apanhado uma anchova de 7Kg, mas com um fundo muito pobre – pedra rolada pequena e quase liso. Com isto tento sair mais para fora na esperança do fundo melhorar com a profundidade e é então que a cerca de 15m da superfície e com água quente e cristalina, vejo esta “coisa linda” a nadar no fundo…


 







Ainda a recuperar o fôlego de um mergulho (coisa que tem de levar o seu tempo) mergulhei de imediato para cair uns metros ao lado dele na esperança de este entrar com melhores condições de tiro que uma caída, pois já calculava que o tiro tinha de ser perfeito para o trancar bem e não o rasgar. Mas para meu espanto o peixe entra tão calmo que foi possível arriscar um tiro certeiro na cabeça, e a uma distância de cerca de 2/3m disparei com 2 elásticos e uma arma de 1.30m um tiro mortal que para meu grande espanto nem atravessou a cabeça do peixe de um lado ao outro, mas que foi o suficiente para o imobilizar de imediato.

Quando cheguei à superfície já sabia que era meu, foi só gritar de satisfação por uma segunda arma para ter a certeza que o prendia e puxá-lo para cima. Foi sem dúvida o melhor momento da minha carreira de Caça Submarina até agora, e um acontecimento inesquecível principalmente por ter estado tão perto e ter partilhado a mesma água que um animal destes…uma visão fantástica.



 
 36Kg, e uma chegada em grande à marina…

Deixo os meus sinceros agradecimentos ao João Medeiros pela amizade e constante boa vontade em tudo, e às pessoas que comigo fizeram a tripulação e que são das que mais prezo.

Carlos Souto 

10/08/2011

Açores um dos melhores cenários de caça submarina

Os Açores situados geograficamente no meio do Oceano Atlântico, e grandemente influenciados pela Corrente do Golfo, que auxilia na regulação e na manutenção da temperatura média do oceano que ronda os 16ºC e os 23ºC. Sendo assim, estas características proporcionam condições únicas na prática da caça submarina. Podem-se observar inumeras espécies, cores e vida nos fundos açorianos, os quais dispõem de excelentes visibilidades.
A caça nestes fundos torna-se muito característica devido ao fundo ser de origem vulcânica, proporcionando inumeras fendas, baixas e arcadas. Deste modo, são óptimas zonas para praticar este desporto pois são nestas que os peixes se refugiam e gostam de estar. Este tipo de fundo também possui outra grande vantagem, tem zonas mais fundas para o caçador que gosta de caçar mais fundo e está apto para tal, e tem zonas menos fundas para quem está menos à vontade, mas que são igualmente cheias de vida.
Os Açores com a sua diversidade de espécies permitem uma grande variedade de capturas, tornando o nosso enfião mais misto e colorido, ainda mais realçado com o aquecimento da temperatura da água que já se adivinha com a entrada dos pelágicos nas nossas baixas e ao longo das nossas costas, os troféus tão desejados; juntamente com eles e para nosso desagrado vêm as águas vivas e caravelas, o que por vezes complicam um pouco as saídas.

Muitas vezes os peixes tornam-se o tema principal e a diversidade dos mariscos dos Açores(lagosta,cavaco,santolas, lapas, cracas, etc), que são um tema igualmente importante, ficam um pouco esquecidos; estes devem ser respeitados relativamente aos seus períodos de defesa.
Tornam a nossa gastronomia mais rica,
Gastronomia esta que é secular dos açorianos e que a muito se deve ao mar que nos rodeia.

 
  Alguns spots a visitar nos Açores


Ilhéu da Praia

O ilhéu da Praia situa-se na zona Leste da Ilha Graciosa, a pouco mais de meia milha da costa, em que a deslocação feita por barco tem uma duração aproximada de 5 minutos com saída do porto da Praia.
O fundo é constítuido essencialmente por pedra roliça em que algumas zonas são compostas por areia. Na zona a noroeste do ilhéu da Praia encontra-se alguns baixios com elevada acentuação e cheios de vida. Para além disso podem-se realizar agachons e caídas ao largo das baixas, onde se consegue avistar certos tipos de peixes entre os quais os badejos, peixes-cão, vejas, garoupas, lírios, encharéus.


 
 
Baixa do Ferreiro
 
A Baixa do Ferreiro está situada a norte da Ilha Graciosa, a um quarto de milha da costa, em que a deslocação feita por barca tem uma duração aproximada de 3 minutos, com saída do porto de Sta. Cruz da Graciosa.
Esta baixa está associada a um antigo vulcão submarino. Apresenta maioritariamente correntes fracas, desta forma o mergulhador consegue caçar no spot sem que seja arrastado.
O baixio encontra-se a cerca de 5 metros, em que este tem como profundidade máxima os 30 metros. Esta pequena elevação rochosa atrai diversos peixes, nomeadamente os peixes pequenos, que por sua vez chamam a atenção dos grandes.
Nesta zona, os peixes mais frequentes de se observar são pelágicos, entre os quais as bicudas que abundam o local,por sua vez o cardume é invadido por serras e anchovas.
Os lírios também marcam lá a sua presença, normalmente em cardumes numerosos de lirios nomeadamente pequenos, enquanto os de grande porte, situam-se normalmente em profundidades maiores na periferia da baixa, isolados ou em cardumes de três ou quatro exemplares.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Ilhéu dos Fradinhos

O Ilhéu dos Fradinhos situa-se na zona sul da Ilha Terceira, a cerca de duas milhas e meia da costa, em que a deslocação efectuada por barco tem uma duração aproximada de 20 minutos, com saída do porto de Angra do Heroísmo.
Associado ao rifte da Terceira, surgindo-se interligado ao topo de um cone vulcânico.
Está frequentemente sujeito a fortes correntes e ondulação agitada o que por vezes dificultam a fixação na zona da baixa, o que obriga a que os mergulhadores possuam alguma experiência.
O fundo possui uma grande diversidade de peixes demersais nas zonas mais fundas da baixa (a partir dos 20 metros), tais como garoupas, peixes-cão, rocazes, bodiões.
Os pelágicos também podem ser observados, apresentando-se como um lugar de excelência



 
 
 
 
 
 
 
 



Baixa dos Rosais


A Baixa dos Rosais situa-se a noroeste da Ilha de S.Jorge, a mais de três milhas da costa, em que a sua deslocação de barco tem uma duração aproximada de 30 minutos, com saída do porto das Velas.
A parte mais alta encontra-se a cerca de 15 metros de profundidade, sendo um bom spot para pelágicos, onde por vezes podemos vê-los a alimentarem-se de pequenos cardumes, dos quais podemos citar alguns tais como serras, bonitos, atuns, lirios, anchovas, bicudas.
Relativamente ao grupo central, este local apresenta-se possivelmente como um dos únicos locais em que se observa uma grande abundância de pelágicos, comparando com o Banco D. João de Castro e Princesa Alice.


 
 
 
 
 
 
 
 


Ilhéu do Norte


O ilhéu do Norte situa-se na zona nordeste da Ilha Terceira, a menos de uma milha da costa, em que a deslocação feita por barco tem uma duração aproximada de 10 minutos com saída do porto da Praia da Vitória.
Este é, na maioria das vezes esquecido pelos moradores locais (mas não esquecido pelos pelágicos) , que a muito se pode ficar a dever à sua pequena dimensão quando equiparado à beleza do Ilhéu das Cabras, que é por muita gente considerado o mais belo e atractivo ilhéu da Ilha Terceira.
No entanto este ilhéu tem caracteristicas muito próprias,junto do mesmo podemos observar uma vertiginosa parede que cai logo para profundidades abaixo dos 30 metros, tendo esta parede uma pequena inclinação que pode servir de plataforma para uns agachons, para atrair a curiosidade dos pelágicos que por lá patrulham as redondezas.O fundo por sua vez tem as mesmas características que os outros spots já referidos, nomeadamente grandes rochas que servem de abrigo a peixes-cão, meros (estes proibidos caçar nos Açores), mas tambem é um optimo local para investir num agachon para os curiosos enxaréus que por lá vagueiam, tendo sempre em conta que se trata de um mergulho fundo naquele local, mais uma vez a presença do parceiro a controlar as caídas é fundamental.
Neste spot os peixes mais frequentes são as bicudas, lírios, encharéus, serras.













A importancia do barco na caça submarina
O papel que o barco desempenha na caça submarina no azul, é uma mais valia para o caçador submarino, tendo este assim mais mobilidade e conforto, torna-se um instrumento indispensável, pois permite-nos uma deslocação, rápida aos spots pretendidos, mas se este não for usado com cuidado e sabedoria, da mesma maneira que nos pode dar as oportunidades de capturar bons peixes tambem pode nos fazer perde-las. Como por exemplo ao chegar ao spot e saltar para a água com essa agiatção os peixes são atraídos pela sua curiosidade para ver o que se passa, dando assim boas oportunidades de tiro, mas no entanto se o mergulhador já estiver na água e ter um cardume à sua volta, o barco ao aproximar-se, o barulho do motor vai afugentar os peixes. O skiper deve ter atençao aos floatlines para nao passar com o hèlice por cima destes, como saber como encostar perto do caçador submarino sem o albarroar,de preferencia por barlavento, tanto para abrigar o mergulhador,como para encostar o barco ao mesmo,pois o vento vai desempenhar essa fução.
A atenção do skiper deve ser sempre em primeiro lugar garantir a segurança dos mergulhadores, por isso deve estar atento se existirem varios mergulharores na àgua e estes dispersados pela baixa,temos que ter atenção sempre mergulhar em dupla, tanto para fazermos segurança um ao outro, como pode ser necessario dobrar o tiro num peixe grande, para garantir o sucesso da captura. O apoio do barco pode ser crucial para recorrer a outra arma ou outra coisa que seja necessaria, serve tambem para momentos de descanso que nos quais devemos principalmente hidratar, e ou comer alguma coisa de fácil absorçao como aquelas barritas energéticas para recuperar forças.
Se na baixa em que estivermos a caçar, houver corrente , o barco é mais uma vez importante pois deixa-nos na ponta da baixa e nós iremos á deriva passar pela local sem estar a nadar contra a corrente,para assim recuperarmo do ultimo mergulho e prepararmos a apneia para o proximo sem nos cançar a debatermo-nos contra a corrente.Repetindo o processo quando passarmos para fora baixa,levando-nos de novo até á outra ponta.
Outra coisa que pode acontecer, consiste em seguirmos um cardume de bicudas que abundam na periferia da baixa com o recurso de flashers atrairmos mais predadores para o local, neste caso é fundamental avisar o skiper para nos ter sob vigia pois podemos apanhar uma forte corrente que afaste-nos demasiado.
Um bom skiper, pode desempenhar ainda uma outra funçao, que é estar atento a movimentos de peixes na água,como tambem de aves em ataque a cardumes de peixes pequenos, porque ao estar numa posiçao mais elevada, favorece o ângulo de visão em relação ao mergulhador.

Concluindo, para quem estiver a pensar em vir dar aos Açores, aqui poderá encontrar spots que lhes poderão proporcionar oportunidades e momentos únicos para a caça submarina. Venha mergulhar connosco!!

Autor: Tibério Barbeito
Co-autor: Zeferino Espínola

27/06/2010

Enxaréu em dia de corrente forte




Viva a todos!

Aqui vai a resenha de como se capturou este amigo com 4,5 kg.

Numa tarde com bastante corrente e uma infestação ridícula de águas-vivas capaz de tirar a paciência a um santo, saímos de barco. Assim que entrámos na água o Comandante Zeferino e o Mestre Tibério começaram logo nos 16m e eu fiquei a vê-los enquanto amaldiçoava o facto de demorar tempo a “ganhar caixa”. Depois de uma hora o Tibério encontrou um sítio com um “molho” destas florezinhas lindas lá dentro. Eu e o Tibério ficámos a marcar o sítio enquanto o outro marmanjo foi buscar as armas.

Com a arma desconectada da bóia e sem carreto fui lá abaixo. Aos 17m estava o sócio à minha espera para fechar negócio…a caída saiu silenciosa e ele não se espantou, sendo que o tiro calhou mesmo atrás da cabeça. O melhor da festa foi trazê-lo para cima em esforço, o que me deu um gozo bestial, com ele sempre a puxar para baixo…LINDO!!!



Obrigado aos meus parceiros de mergulho pelos momentos de diversão e pelas dicas que me vão dando!!! Daqui a nada o “pró” sou eu…ehehehe.

Um abraço a todos e boas caçadas!!!

 Tiago Silva

20/05/2010

Prancha de Caça Submarina - Ideia de como fazer uma

Como prometido ao Comandante Zeferino e Mestre Tibério, aqui vai a “receita” da prancha de mergulho que inventei com o meu Pai. Esta é bastante resistente e custa cerca de 60 a 70 euros, no máximo, se comprarmos o material em casas especializadas. O preço vale a pena porque é duradoura e super resistente, tem boa capacidade de arrumar material e tem pouco atrito na água. Face a outras pranchas no mercado, penso que o custo/benefício é bastante aceitável e…leva um monte de peixe em cima sem este estar sempre a cair para a água para fazer atrito… a malta que o diga no dia que fomos para a Alagoa da Fajanzinha!!!


Como material temos:
- 2,70cm de tubo pvc para levar cabos de electricidade e respectivas tampas de enroscar, em número de duas
- cerca de 20 metros de fio dynamic 5mm
- 1 prancha de body (medida pequena)
- anilhas de inox
- berbequim, chave de fendas e alicate
- tubo plástico transparente flexível cujo diâmetro seja suficiente para passar o fio dynamic 5mm
- tesoura
- Isqueiro para queimar as pontas do fio
- uma bandeira de bóia com tubo de borracha que se consiga enfiar na extremidade e outro de pvc (ver adiante na explicação)
- cola pvc e silicone se houver necessidade (ver mais adiante na explicação)
- outro material como mosquetões de acordo com necessidades, poita, rede, etc
- CERVEJA (fresquíssima) para animar a malta!!!









Ora bem…quero dizer que a sequência não foi a melhor, uma vez que se foi inventando à medida que o projecto evoluía. Por isso, podem seleccionar alguns dos passos a seguir de acordo com a preferência e experiência. Começando…

Começa-se por fazer os furos na prancha de body, por onde se vai introduzir o tubo de plástico com o fio por dentro. Assim, evita-se atrito com o fio directamente na prancha, o que aumenta a sua resistência e durabilidade. Convém os furos ficarem apertados, pelo que usámos uma broca de 6mm para tubo de plástico com 7/8mm. Os furos podem ser feitos quantas vezes se quiser, mas escolhemos cerca de 15 cm entre a maioria deles, uma vez que a prancha não deverá ser furada muitas vezes e com estes muito próximos afim de não lhe retirar resistência. Além disso, os furos que fizemos foram a 2,5 cm da periferia (exceptuando os da frente) para não rasgarem a periferia da prancha.




Agora coloca-se o tubo de plástico no interior dos furos, para que mais tarde se introduza o fio dynamic.





Agora começa a parte mais complicada, uma vez que há muito fio a ser usado (so para amarrar o tubo á bóia foram cerca de 13 metros. Começa-se por fazer um nó cego numa extremidade do fio e passa-se este por uma anilha de inox. Depois o fio é introduzido de baixo para cima na prancha e vai rodear o tubo. Dão-se 2 ou 3 voltas ao tubo com o fio em anéis diferentes e depois vão-se fazendo as passagens descritas na imagem ao longo de todo o tubo (cuidado que estas passagens podem ser realizadas com a entrada na prancha de cima para baixo, depende de como se realiza o processo inicial). É de notar que é importante que haja sempre tensão ao longo do percurso do fio, para que o tubo fique bem preso á prancha. Por isso, ajuda de alguém é essencial, sendo que tem que haver “músculo” no processo!!!


Este procedimento acaba na outra ponta da seguinte forma: ao passar a última vez no tubo, dão-se 2 ou 3 voltas nos anéis deste e o fio vai passar debaixo da prancha até à extremidade oposta. Aqui, vai-se fazer o último nó à volta da primeira passagem do fio na prancha, ou seja, de onde emerge após entrar na anilha. Assim, evitam-se os vários nós, inestéticos, e que cedem com o tempo, alargando todo o conjunto e fragilizando-o. Esta passagem por baixo da prancha aumenta a coesão entre o tubo, impedindo-o de “fechar”.

Para o mesmo efeito, passa-se fio no 1/3 da frente da prancha, afim de aproximar o tubo um pouco, o que impede que este “abra”.





Agora vão-se selar ambas as extremidades do tubo após o cortar á medida. Nós não colocámos cola nem silicone, uma vez que o tubo estava apertado pelas passagens de fio que o estrangularam, o que levou a que o encaixe da peça branca (na imagem) fosse apertado o suficiente. Aliás, tivemos que cortar parte dessa peça para que pudesse ser introduzida no tubo vermelho.
Além disso, as peças cinzentas (tampas) têm uma rosca com borracha vedante, sendo suficientemente estanques
De qualquer forma, poderia ter-se cortado o tubo à medida certa, depois colocar as tampas e só após isso montá-lo na prancha. Isto evitaria estas dificuldades, mas provavelmente seria necessário a colocação de silicone e cola de pvc para vedar…



Agora aproveita-se o cabo de segurança da prancha de body para fazer a ligação desta à arma (ou à poita). Faz-se um nó cego, passa-se o fio pelo buraco da peça, queimando-se a ponta. Depois, do outro lado coloca-se uma anilha com nó cego a trancar e o fio fica aí preso. Assim, é só ligar o fio da arma a este fio (nó, mosquetão, etc).



Agora para o enfião…


Fazem-se 3 passagens com o fio pela parte da frente do tubo em anéis separados entre si (afim de aumentar a superfície de contacto e a resistência quando se tiver que puxar a prancha para terra com todo o peixe…se tivermos sorte!!!). Escolhemos passar o fio por um elástico velho, afim de a seda do enfião ir aí enrolada, sendo de mais fácil arrumação e transporte, Faz-se um nó de volta de fiel na ponta e coloca-se um mosquetão para o enfião. Este pode ir enfiado entre a prancha e o tubo em transporte.
Quando na água, o peixe irá em cima da bóia usando este fio, podendo-se puxar facilmente o enfião para se colocar o peixe e, de novo, colocar o mesmo para cima da prancha.


Para colocação da bandeira…é preciso um tubo de borracha para colocar a bandeira e lhe dar altura visível e outro de pvc para introduzir este último. Assim, faz-se um furo na prancha (onde vos der mais jeito, apesar de eu ter escolhido um lado), coloca-se o tubo de pvc branco, devidamente tapado e vedado na face inferior, colando-se com cola pvc à prancha. Depois é só colocar a bandeira dentro deste e amarrá-la com um fio a um ou mais fios da prancha. Por isso é útil usar um tubo para a bandeira flexível, afim de esta estar sempre presa à prancha, ser de fácil colocação e remoção de acordo com as necessidades e não partir com um toque mais brusco. Cuidado que a bandeira deverá ser azul!!!!





Para transporte de uma segunda arma e poita, é fácil. Basta colocar fio com mosquetão, dando um nó á escolha na prancha, afim de se segurar o respectivo material.
Para a colocação da arma, escolhemos colocar na extremidade posterior esquerda o dito mosquetão, uma vez que é suficiente para transportar a arma na água de forma eficiente (fora d´água, nem por isso!!!). Para a colocação da poita, escolhemos na região mais anterior da prancha. O bicheiro pode seguir o mesmo raciocínio.
A rede serve para transportar de forma fácil outro material como mantimentos, saca arpões e colocar qualquer coisa que se apanhe e se queira transportar, etc…Pode servir mesmo para levar uma segunda rede bem arrumada, para colocar outras capturas. Escolhemos colocar um nó numa ponta e um mosquetão na outra, afim de a sua abertura e feche ser fácil.



O furo na parte posterior pode ter vários fins: transportar enfião, flasher, uma rede com capturas, etc…A sua realização segue os mesmos passos que o furo que serve para o fio de amarrar a arma á prancha. De notar que se usa um tubo de plástico transparente, afim de diminuir o atrito do fio na passagem no interior frágil da prancha. Também, convém usar uma (ou mais) anilha na parte inferior, seguradas com nó cego, afim de evitar o roçar do fio na saída da prancha.



Assim, com esta amiga, consegue-se facilmente fazer saídas prolongadas. O único inconveniente, é que o transporte através de zonas de passos mais difíceis não se faz de forma fácil. Já experimentei um sistema de transporte do tipo mochila, mas este não é prático como se tinha imaginado, pelo que desisti. De qualquer forma, aproveita-se e faz-se exercício ao sair da água, pedindo-se desculpa ao parceiro de mergulho (porque certamente vai sobrar para ele algum tipo de ajuda…ehehehe).

O conjunto é muito resistente. Contudo, é necessário cuidado ao escolher o tubo, verificando que este não está roto no momento da compra. Levei uma antiga prancha destas por sítios que “não lembravam ao demónio” e ela aguentou quase dois anos de “pura pancadaria”. Por isso, com cuidado suficiente, temos uma amiga para nos ajudar por muito tempo, com criatividade e, em tempos de crise...de forma acessível ao bolso “Tuga”!!!


                           
                                Um abraço e boas caçadas, Tiago Silva!!!

21/01/2010

A boía na caça submarina




A utilização de bóia durante a caça submarina, é obrigatória por lei, mas não a devemos usar só por esse facto, pois ela é um importante elemento de apoio e de segurança, advertindo as embarcações náuticas que há um ou mais mergulhadores naquela zona e além disso, transportar o material que possamos necessitar mais tarde e para guardar o peixe.
A boía deve ser de cores vivas e a bandeira que devemos usar é a bandeira alfa (azul e branca), que é um símbolo convencionado mundialmente para assinalar a presença de um ou mais mergulhadores na água significando que estamos perante a presença de mergulhadores nas proximidades e devemos afastar-nos para uma distância segura respeitando a segurança destes.

• Transportar material que possamos necessitar (lanterna, arma, graveta, enfião, saca, saca arpões e até mesmo arpões suplentes)

• Sinalizar e adverter as embarcações nas proximidades que há um mergulhador naquela zona.
• Transportar o peixe com segurança, evitando o transporte do mesmo na cintura pois pode chamar a atenção de predadores e pode pôr o mergulhador em situações perigosas e também o peixe pode ficar preso ao fundo.
• Sinalizar determinado buraco ou zona que não queiramos perder.
• Em situações de água turva colocar a arma presa à bóia para não a perdemos.

• Em lugares de grandes peixes de passagem é essencial a arma presa a bóia ou ao arpão.
• Ajuda a desentocar peixes pois ela vai puxando o peixe com o cabo sobre tenção, levando o peixe a exaustão facilitando assim o trabalho ao mergulhador, que de outra maneira o peixe poderia levar a arma consigo para o buraco.

17/01/2010

INVERNO VS VERÃO NOS AÇORES















OS AÇORES SÃO UM ARQUIPÉLAGO TRANSCONTINENTAL
SITUADO NA CRISTA MÉDIA ATLÂNTICA, NUMA REGIÃO
GEOGRÁFICA CONHECIDA COMO MACARONÉSIA, UM
NOME DE ORIGEM GREGA (“MAKARÒN” QUE QUER DIZER
“FELIZ” E “NESOI” DE “ILHAS”) QUE SIGNIFICA ILHAS FELIZES
OU AFORTUNADAS, E DA QUAL FAZEM PARTE TAMBÉM
OS ARQUIPÉLAGOS DA MADEIRA, INCLUINDO AS ILHAS
DESERTAS, DAS CANÁRIAS E DE CABO VERDE, TODOS ELES DE ORIGEM VULCÂNICA.

Devido a um conjunto de factores, estes grupos de ilhas reúnem características biológicas e geológicas únicas no Mundo e apresentam um elevado número de espécies endémicas,constituindoum“oásis”nomeio do Oceano Atlântico.
O arquipélago açoriano é composto por nove ilhas divididas por três grupos: Ocidental (Flores o Corvo), Central (Pico, Faial, São Jorge, Graciosa e Terceira) e Oriental (São Miguel e Santa Maria).

PESCA SUBMARINA NOS AÇORES
As suas zonas costeiras rochosas de extrema beleza, aliadas a uma temperatura de água amena e boas visibilidades, permitem condições de mergulho das melhores do Mundo. Depois de ter tido o privilégio de mergulhar em sítios muito bons, os Açores continuam a figurar no topo da minha lista de preferências.
Todas as ilhas possuem excelentes condições para a prática de pesca submarina podendo encontrar, em qualquer uma, razões de sobra para se aventurar no azul.
Na minha opinião, a melhor altura do ano para
a prática da modalidade situa-se entre os meses de Junho a Setembro, quando as temperaturas da água do mar variam, aproximadamente, entre os 18º e os 23ºC. Sendo Agosto e Setembro os meses de águas mais quentes devido à aproximação da corrente do Golfo.
Não quer isto dizer que, mesmo durante o Inverno, não se encontrem belíssimas condições para pescar.
Certamente que haveriam vários pescadores submarinos açorianos capazes de melhor aconselhar quem desejasse vir aos Açores. Porém, não poderia deixar de transmitir, já que me foi dada esta oportunidade, alguns dos conhecimentos que adquiri através das inúmeras vezes que mergulhei nestas águas.

INVERNO VS VERÃO
Vamos abordar a pesca submarina nos Açores em duas épocas distintas. No Inverno e Primavera, que abrange os meses de Novembro a Maio; e nos meses de Verão e Outono, de Junho a Outubro. Nestas épocas do ano temos diferenças nas condições do mar, nas espécies encontradas e até no equipamento.

INVERNO E PRIMAVERA
Nesta época do ano, apesar de a água se encontrar mais fria, a rondar os 16-18ºC, não são raros os dias em que podemos “molhar o fato”, assim o mar o permita. Temos de ter presente que se tratam de ilhas e que, dependendo da orientação da ondulação e do vento, podemos, quase sempre, encontrar um recanto de costa onde as condições sejam mais favoráveis. A visibilidade varia, na maioria dos dias, entre os 10 e os 20 m, e a pesca realizada é de um modo geral costeira.

ESPÉCIES
Com o decréscimo da temperatura do mar muitos dos peixes, quase sempre presentes durante o Verão, rumam para outras paragens, atrás da água mais quente e os encontros com as espécies pelágicas como lírios, enxaréus, serras, anchovas, bicudas, entre outros, deixam de ser comuns e passam a ser pontuais.
Focamo-nos em peixes mais sedentários, como as abróteas, garoupas, sargos, safi os, tainhas e os tão procurados rocazes (Scorpaena scrofa).
Estes são da mesma espécie dos rascassos e vivem em cotas que podem chegar aos 500 m de profundidade, mas nesta altura do ano tornam-se mais comuns às profundidades por nós frequentadas.
Claro que, quando estamos dentro de água, podemos estar à espera de “quase” tudo e poderá acontecer cruzarmo-nos com um qualquer peixe, mesmo fora da sua época mais habitual.
Outro grande atractivo desta altura do ano são as lagostas, quase sempre grandes, e que fazem a nossa delícia, quer na captura, quer mais tarde em casa, na mesa. De notar que existe Legislação Regional específi ca que nos proíbe a captura de qualquer exemplar de 1 de Outubro a 31 de Dezembro, e de exemplares ovados (fêmeas) de 1 de Janeiro a 31 de Março. Esta Lei visa proteger a espécie, e muito bem, na sua altura de reprodução.

ESCOLHA DO FATO
Na minha opinião, o fato de mergulho que mais se adequa à pesca submarina no Inverno é um casaco de 7 mm e umas calças de 5 mm. Claro que existem muitas condicionantes nesta opção, como: a temperatura da água, a resistência ao frio, o tempo de mergulho, a profundidade a que pescamos e o tipo de pesca praticada. No entanto, penso que é o fato mais polivalente, ao qual poderemos juntar um colete de 3 mm ou trocar as calças por umas de 7 mm.
Camufl ado ou não? Acho que os fatos camufl ados têm mais a ver com o nosso gosto do que com o dos peixes, mas poderá fazer diferença em alguma situação pontual. Pessoalmente, uso um camufl ado verde-claro que resulta bem para este tipo de fundo, mas não creio que seja fundamental


ESCOLHA DA ARMA
Quanto às armas, e sendo esta uma pesca praticada muitas vezes ao buraco, as que mais uso são a de 90 e de 100 cm. A escolha da arma de 100 cm poderá parecer exagerada a quem não está familiarizado com esta pesca, mas visto que os buracos são, muitas vezes, amplos, um alcance um pouco maior pode fazer falta, e temos uma arma mais válida para apanhar um peixe em água livre.
Outra das armas que uso, embora muito menos, é a de 120 cm, para quando a água está muito limpa e para pescar quase exclusivamente em água livre, à espera.
Importa dizer que todas elas estão equipadas com carreto. Este pode servir para marcar uma pedra, em caso de necessidade, ou no caso de aparecer um peixe maior, ou do arpão fi car preso.
Temos sempre uma margem de segurança do nosso lado, abrindo o carreto e mantendo o contacto físico com a arma.

ESCOLHA DAS BARBATANAS
Quanto às barbatanas, não tenho qualquer dúvida em aconselhar as de carbono por todas as vantagens que apresentam, comparativamente às de outros materiais.
Sendo a pesca praticada maioritariamente a profundidades médias e altas, obviamente que o rendimento que poderemos tirar de uma barbatana mais nervosa e reactiva é para nós uma mais-valia. Permitem uma natação confortável à superfície e um bom impulso ao “descolar” do fundo, com um menor esforço do que se usássemos umas barbatanas de fi bra ou de plástico.
A principal desvantagem destas barbatanas é o preço. Com uma diferença notável em relação às outras, acho porém que valem o investimento.
As suas características, aliadas a uma espantosa durabilidade e fi abilidade, fazem delas, sem dúvida, a escolha acertada.
Quanto ao resto do material é o normal usado no “dia-a-dia”.

VERÃO E OUTONO
Esta é quanto a mim, tal como referi anteriormente, a melhor época. A água começa a aquecer lentamente, variando entre os 18 e os 23ºC, aproximadamente, e chegando ao seu máximo nos meses de Agosto e Setembro. Com o aumento da temperatura surge também um sem número de peixes “azuis”, capazes de nos fazerem perder o sono.
Além do aumento da temperatura, também as visibilidades melhoram consideravelmente, podendo chegar, nos melhores dias, aos 30 metros de um azul-escuro translúcido.
As condições são, de um modo geral, melhores.
Até porque a altura média de ondulação é muitoinferior,  permitindo-nos visitar alguns sítios mais expostos às ondulações predominantes.
Além da pesca costeira, também ela realizada durante o Inverno podemos, se tivermos condições para tal, visitar alguma das baixas que existem em todas as ilhas.

ESPÉCIES
Devido ao aumento da temperatura da água, muitas são as espécies que se aproximam destas
costas. Entre elas toda uma variedade de peixes pelágicos, atraídos quer pela água maistemperada, quer pelo aumento signifi cativo do alimento disponível.
Além dos emblemáticos lírios, enxaréus, bicudas, anchovas e serras, também os grandes pelágicos por cá passam. Wahoos, dourados, espadins azuis, espadins brancos e atuns de todos os tipos, podem fazer de mais um dia de mar uma experiência marcante e inesquecível.
Outro peixe carismático e sempre presente nestas águas é o mero. No entanto, a sua captura é vedada à pesca submarina devido a uma legislação infundada, discriminatória e desactualizada.
Lei esta que foi criada porque os meros corriam risco de extinção!
O que é totalmente falso. Se o objectivo era proteger esta espécie não é certamente proibindo a pesca submarina que isso acontece. Veja-se a quantidade destes peixes que todos os anos passam nas lotas deste arquipélago. Não estou a dizer que se deva vedar a sua apanha à pesca profissional, pelo contrário, não vejo é qual o sentido de proibir a mais selectiva e sem impactos colaterais de todas as pescas.
O objectivo, creio sim, foi proteger interesses económicos de grupos que manipulando a imagem de um animal selvagem, fi zeram crer a quem não sabe como realmente são as coisas que este é um peixe dócil e que se aproxima dos mergulhadores. O que, mais uma vez, é falso. Importa distinguir que uma coisa é um animal com comportamentos condicionados, como existe, por exemplo, nos circos; e outra é um animal selvagem. Já muito se escreveu e discutiu sobre este assunto. Pessoalmente, mantenho a esperança que, no futuro, a população seja mais esclarecida em relação ao que é a pesca submarina e que a captura de um mero volte a ser permitida, respeitando obviamente regras de conservação adequadas à realidade.

ESCOLHA DO MATERIAL
Quanto ao material, as únicas peças que mudo em relação às usadas no Inverno são o fato e algumas alterações nas armas.
O fato passa a ser mais fi no, optando por um de 5 mm completo, ao que junto um colete de 3 mm para pescar a maior profundidade, devido à temperatura da água no fundo e à compressão sofrida pelo material.

ESCOLHA DA ARMA
Relativamente às armas, depende, obviamente, daquilo que estamos a pensar fazer, mas acho que o tamanho que reúne melhor relação entre a manobrabilidade e o alcance de tiro é o de 120 cm. É, sem dúvida, a arma que mais uso. Isto porque a água tem, na grande maioria dos dias, boa visibilidade e quando é preciso temos sempre um tiro útil mais longo, o que fará a diferença em alguns peixes mais esquivos.
As outras medidas que uso são as de 100 cm para pescar na borda de água e a de 150 cm para pescar a peixes pelágicos. Em todas uso dois pares de elásticos e duas voltas de fio na maior.

OUTRO EQUIPAMENTO
Outra peça que considero importante é o teaser, um chamariz que, se as condições forem as mais apropriadas, nos poderá levar ao sucesso nalgum lance.
Carreto ou trail-line? Mais uma vez, a minha experiência diz-me que um carreto com boa capacidade de fi o, 50-70 metros, que seja funcional, chega perfeitamente para a grande maioria dos casos que encontramos na pesca costeira, para peixes até médio porte. Porém, se a nossa ideia se focaliza nos grandes pelágicos, como os grandes lírios, wahoos, atuns ou espadins, aí, certamente que a opção válida é o trailline ligado a bóias com um ou mais bungees.
Quanto ao material de substituição e mais consumível, como fi os, sleeves, arpões e tudo o que mais precisar, todas as ilhas têm lojas da especialidade, onde pode também obter alguma informação acerca dos locais de mergulho.












PESCA SUBMARINA DE BARCO
A utilização de barco é sempre um bom apoio onde podemos descansar, transportar algum material suplente, colocar o peixe capturado e comer ou beber algo. É, sem dúvida, um bom meio de chegar a locais de mais difícil acesso e, portanto, menos pescados, poupando-nos de grandes percursos à barbatana onde, por vezes, a corrente poderá estar presente.
Não se pense por isto que não se mergulha a entrar pela costa. Em todas as ilhas existem temperada, quer pelo aumento signifi cativo do alimento disponível.
Além dos emblemáticos lírios, enxaréus, bicudas, anchovas e serras, também os grandes pelágicos por cá passam. Wahoos, dourados, espadins azuis, espadins brancos e atuns de todos os tipos, podem fazer de mais um dia de mar uma experiência marcante e inesquecível.
Outro peixe carismático e sempre presente nestas águas é o mero. No entanto, a sua captura é vedada à pesca submarina devido a uma legislação infundada, discriminatória e desactualizada. Lei esta que foi criada porque os meros corriam risco de extinção!
O que é totalmente falso. Se o objectivo era proteger esta espécie não é certamente proibindo a pesca submarina que isso acontece. Veja-se a quantidade destes peixes que todos os anos passam nas lotas deste arquipélago. Não estou a dizer que se deva vedar a sua apanha à pesca profi ssional, pelo contrário, não vejo é qual o sentido de proibir a mais selectiva e sem impactos colaterais de todas as pescas.
O objectivo, creio sim, foi proteger interesses económicos de grupos que manipulando a imagem de um animal selvagem, fi zeram crer a quem não sabe como realmente são as coisas que este é um peixe dócil e que se aproxima dos mergulhadores. O que, mais uma vez, é falso.
Importa distinguir que uma coisa é um animal com comportamentos condicionados, como existe, por exemplo, nos circos; e outra é um animal selvagem.
Já muito se escreveu e discutiu sobre este assunto.
Pessoalmente, mantenho a esperança que, no futuro, a população seja mais esclarecida em relação ao que é a pesca submarina e que a captura de um mero volte a ser permitida, respeitando obviamente regras de conservação adequadas à realidade.


ESCOLHA DO MATERIAL
Quanto ao material, as únicas peças que mudo em relação às usadas no Inverno são o fato e
algumas alterações nas armas.
O fato passa a ser mais fi no, optando por um de 5 mm completo, ao que junto um colete de 3mm para pescar a maior profundidade, devido à temperatura da água no fundo e à compressão sofrida pelo material. excelentes locais de mergulho de fácil acesso a partir de terra.


CUIDADOS
Estando os Açores situados no meio do Oceano Atlântico é natural que, tubarões de várias espécies, façam parte da vida marinha local. Apesar de em muitos anos, felizmente, nunca ter visto um tubarão de grande porte, nunca sabemos quando poderá aparecer algum.
Todos os que vi até hoje foram pequenos e sempre muito desconfi ados, não permitindo sequer uma aproximação e desaparecendo de imediato para fora do meu alcance de visão. Sinceramente, acho que eles nos vêem mais do que nós a eles, mas por algum factor não se aproximam.
Provavelmente andam bem alimentados.
Assim sendo, aconselho a que não se ande com peixe à cintura, pois existem vários relatos de peixe comido quando é colocado na bóia de
sinalização e… mais vale prevenir.
Outro cuidado importante diz respeito a dois tipos de medusas. As águas vivas, Pelagia noctiluca, e as caravelas portuguesas, Physalia physalis. Ambas possuem células urticantes especializadas, chamadas cnidoblastos, que servem para “caçar” as suas presas, injectando
um veneno que as paralisa.
No ser humano as suas “picadas” podem causar dores terríveis associadas a queimaduras mais ou menos graves. No caso de haver contacto, aconselha-se o uso imediato de um anti-histamínico e, dependendo da extensão da lesão, recorrer aos cuidados médicos.


DEVERES
Em qualquer sítio em que mergulhamos devemos, previamente, informarmo-nos acerca das regras locais. Os Açores têm uma legislação específi ca para a pesca lúdica, na qual está inserida a pesca submarina. Nesta destacam-se limites de captura, espécies proibidas, áreas protegidas e períodos de defeso. É obrigatória
uma visita à Capitania ou Delegação Marítima local a fim de recolher toda a informação necessária.


Em Nome da Equipa Azoresub, agradecemos ao André Domingues por nos ter cedido este artigo! Boas caçadas 2010



Direção

Tibério Barbeito e Zeferino Espínola Contacto: azoresub@hotmail.com

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